Ricardo Dubeux e Rafael Ferreira Corrêa realizaram um grande sonho durante o Campeonato Brasileiro de Hobie Cat 16
A tripulação formada pelo velejador pernambucano Ricardo Dubeux e o velejador paralímpico gaúcho Rafael Ferreira Corrêa, realizou um sonho, ou seja, competiram juntos todas as regatas do Brascat 2017 disputadas em meio a todo tipo de vento e muito Sol !
Curta a velejada da dupla Ricardo e Rafael chegando ao Clube dos Jangadeiros nesse vídeo produzido pelo técnico da Equipe Paralímpica Gaúcha, Anderson Paixão:
Ao final do certame receberam homenagens e troféus pela bela iniciativa de inclusão social em um dos barcos mais populares do mundo, o Hobie Cat 16.
O feito aconteceu durante o Campeonato Brasileiro da Classe que aconteceu de 10 à 18 de Novembro em Porto Alegre – RS. Após a conclusão com êxito, Ricardo Dubeux, pretende desenvolver centros para preparação de pessoas com deficiências físicas com objetivo de formar novos tripulantes de Hobie Cat 16 em todo país, haja vista a imensa repercussão e o sucesso que a dupla obteve nas regatas do Brascat 2017.
Único representante paralímpico no Campeonato Brasileiro de Hobie Cat 16 que foi realizado em Porto Alegre encantou, com sua simpatia e determinação, todos velejadores da classe, tamanha foi a superação dentro da regatas, onde encarou , 13 regatas, durante 6 dias , tendo inclusive completado 8 regatas em apenas 2 dias durante a competição, com ventos que variaram de 5 knots a 23 knots. As regatas do BRASCAT 2017 foram realizadas pelo Clube dos Jangadeiros, localizado na zona sul da capital do Rio Grande do Sul.
Durante o campeonato muitos chegaram para perguntar como ele conseguiu esse maravilhoso êxito de fazer as difíceis manobras no veloz Hobie Cat 16. As respostas foram de arrepiar e emocionar os corações de todos velejadores, familiares, sócios do Clube dos Jangadeiros, organizadores do Brascat e a mídia durante os 10 dias de atividades no Campeonato Brasileiro de Hobie Cat 16.
Vale ressaltar que a dupla Ricardo e Rafael participou na categoria Open, ou seja, de igual para igual, com todos os velejadores do campeonato e chegou a andar em primeiro lugar em algumas regatas na raia do Lago Guaíba. Ver o barco deles na frente, ou andando bem, era um momento emocionante para quem estava acompanhando as regatas, pois as condições quase sempre estavam adversas para conseguir tirar tombo ou escorar o barco em ventos fortes, mas mesmo assim, eles nunca desistiram e completaram com maestria as regatas programadas..Fizeram de fato fazer valer a frase: Navegar é preciso, Viver não é preciso!
Quando perguntado a Ricardo o que ele achava de está andando bem, ele respondia com o característico sorriso no rosto,que lhe é peculiar:”Os resultados nunca foram tratados de forma importante entre mim e o Rafael, até porque, o fator primordial sempre foi e será a segurança nesse ano”. Vale ressaltar que a dupla entrou no campeonato para vencer o desafio de velejar uma máquina de velocidade que é o Hobie Cat 16, sem nunca ter treinado juntos.”Mesmo há algum tempo sem velejar, devido as indefinições da vela paralímpica no mundo, topei o desafio de encarar o Campeonato Brasileiro de Hobie Cat 16 na categoria Open, pois sou competitivo e amo correr. Espero que eu e Ricardo consigamos manter a tripulação e juntos participarmos de vários eventos espalhados pelo Brasil e pelo mundo, até porque velejar em outros barcos sempre nos traz mais aprendizado e novos horizontes”, declarou o campeão Rafael Ferreira Corrêa.
O Acidente:
O simpático e pessoal humana fantástica,Rafael Corrêa, teve que abonar a promissora carreira de cinegrafista em Porto Alegre devido a um tiro que levou nas costas durante um assalto na centro da capital gaúcha. Do profissional brilhante com um horizonte maravilhoso teve a carreira encerrada ao ficar paraplégico.
A vida de Rafael mudou completamente após o assalto. Foram 2 anos de muitas dificuldades , provações, incertezas, até que ele conheceu e ingressou na vela adaptada em 2009 e, devido aos ensinamentos do técnico da equipe Paralímpica de Vela do Estado do Rio Grande do Sul, Anderson Paixão, Rafael teve um crescimento e desenvolvimento sensacional obtendo inúmeros e expressivos resultados, como podemos constatar na seguinte lista:O velejador Rafael é uma pessoa autêntica e muito determinada que vem batalhando arduamente e incansavelmente, para que a vela adaptada, continue sendo uma excelente porta de inclusão social.
O futuro da dupla é continuar velejando juntos em alguns eventos da classe no Brasil e no Mundo, quando forem convidados, pois nossa missão é sempre sermos incentivadores para outras duplas que queiram aderir ao nosso novo estilo de velejar,ou seja: “Hobie Cat for All”!
Nós que acompanhamos os esportes no mundo achamos que uma conquista como essa de Ricardo e Rafael precisa do apoio de pessoas voluntárias apaixonadas pelos esportes amadores. É muito difícil ver esse tipo de atitude no mundo de hoje e eles merecem todo nosso respeito e admiração pelo que fizeram e ainda estão por fazer.
O site www.acaoeaventura.com.br parabeniza a dupla e espera que a tripulação formada nesse BRASCAT seja para sempre, pois, juntos, demonstraram para o mundo que é possível velejar, e bem, o Hobie Cat 16.Esperamos que agora eles consigam atingir a meta mundial de inserir a classe em uma das modalidades dos esportes náuticos, que são excelentes instrumentos de conquistas e descobertas, onde velejando, navegando, praticamos a auto-estima, auto-expressão, autoconfiança, construiremos , com eles, portas de inserção à sociedade.
“Acreditamos que podemos modificar as vidas de muitas crianças, adolescentes e adultos com alguma deficiência física através dos esportes náuticos, impulsionando-as a superar obstáculos e a crescer com noções de solidariedade e respeito às diferenças”, disse Ricardo Arantes Dubeux, comandante da tripulação.
Quando tudo começou:
Em 2009 Ricardo Arantes Dubeux , devido a conquista do Green Card, começou a residir nos EUA e conheceu um programa de vela que tinha como objetivo final, preparar atletas para ingressar na vela de alto rendimento e até chegar a fazer parte do Time de Vela Paralímpico Americano. Até hoje é voluntário deste programa nos EUA , mas sempre sonhou em trazer algo parecido para sua terra , o Brasil.
“Agora que superamos o grande desafio de velejar no Hobie Cat 16, convidamos todos brasileiros que possuam limitações físicas para conhecer a vida no mar, pois acreditamos que, dentro dágua e sem a presença da gravidade, todos somos iguais, ou seja, podemos flutuar com coletes salva-vidas e curtir os benefícios que o contato com a natureza traz para as pessoas”, ressalta o experiente velejador Ricardo Dubeux.
No último dia de regata, ao chegarem ao clube depois de ver que tinham realizado o sonho, Ricardo Dubeux e Rafael Corrêa agradeceram o apoio e o incentivo dos seus familiares, do Presidente da Associação da Classe Hobie Cat no Brasil, ABCHC, atual campeão Gaúcho de Hobie cat 16 Mario Roberto Dubeux, ao Presidente da Federação de Vela do Rio Grande do Sul, o Técnico da Equipe Paralímpica do Rio Grande do Sul Anderson Paixão, o Presidente da Comissão de Regata do BRASCAT-Carlos Henrique De Lorenzi ,o proprietário do barco que a dupla competiu Rubens Girardi, ao velejador Claudio Teixeira, ao velejador Odilon, ao velejador Lasdislau Szabo, ao casal velejador Sandra e Mario Saffer, ao artista plástico Frank Jardim, a velejadora Daniele Capiotti, ao velejador Marcelo Vera, ao casal de velejador Ricardo e Marcela Halla, a José Paulo(que foi peça fundamental para realização do sonho estando ao lado da dupla diuturnamente), ao Comodoro , a Diretoria do Clube dos Jangadeiros, aos demais participantes do BRASCAT pela emocionante força, acolhida e diversas manifestações durante todos dias do Barscat e aos funcionários do CDJ por abraçar essa causa.
A tripulação formada por Ricardo e Rafael representa a união dos estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul, local onde nasceram,respectivamente, cada velejador. Ricardo veleja desde os 5 anos de idade e hoje tem 52 anos de idade, possuindo uma vasta história de conquistas na classe Hobie Cat, inclusive conquistou pódio no mundial. Já o gaúcho Rafael Corrêa hoje tem 39 anos de idade e iniciou sua brilhante carreira na iatismo em 2009 na vela adaptada e logo depois entrou no Time Paralímpico do Programa do Iate Clube Guaíba contando sempre com os ensinamentos do técnico Anderson Paixão. Rafael tinha tanto talento para o esporte a vela que já no segundo ano de vela, conquistou um lugar no pódio do estadual ficando na terceira colocação. De lá para cá ele vem brilhando no esporte e colecionando diversos títulos, como esse último agora conquistado:
O Campeonato Nacional envolveu cerca de 84 velejadores de mais de 10 estados brasileiros: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
História da Classe Hobie Cat
O surfista californiano Hobie Alter tinha um sonho de possuir um catamarã barato onde ele e seus amigos pudessem velejar juntos. No final da década de 1960, ele decidiu realizar esse desejo e criou o barco Hobie Cat que revolucionou a vela. Com manobras rápidas e precisas, a impressão, para quem vê de fora, é de que os barcos de competição dançam sobre as águas.
BREVE PERFIL DA DUPLA: O atleta Ricardo Dubeux (3º lugar no Mundial de Hobie Cat 14) competiu ao lado do atleta paralímpico gaúcho Rafael Correa ( detentor de quatro títulos regionais e um nacional – campeão na classe 2.4, filiado ao Comitê Paralímpico Brasileiro e a entidade internacional Ifds. Campeão gaúcho em 2011, 2012, 2013 e 2014. Campeão brasileiro em 2013. Vice campeão brasileiro em 2011 e 2014.campeão brasileiro paraolímpico na classe 2.4).
CONTATOS:
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Ricardo Dubeux -Celular-WhatsApp: 81.988985655 81. 99928179
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