Copa Vela de Paulo Afonso na Bahia: contribuindo para o desenvolvimento do iatismo local.
Paulo Afonso é um município brasileiro no interior e norte do estado da Bahia. Foi emancipado em 28 de julho de 1958 do município de Glória. Sua área é de 1 545 quilômetros quadrados e sua população, conforme resultado do Censo IBGE de 2022, era de 118 412 habitantes.
Bem, e foi nesse belíssimo cenário que, nos anos 80 um grupo de visionários criaram a Copa Vela. E esse evento vem sendo realizado todos os anos, só parando durante a pandemia. E hoje a Copa Vela é maior festa de rua da região. Em 1989, o destaque era para as competições náuticas na Prainha, que naquele ano recebeu atenção especial da prefeitura , com a requalificação e urbanização do local.
No balneário, as velas atraíam mais admiradores a cada edição, quando começaram a surgir os primeiros blocos. Com o passar dos anos a festa cresceu, transformando-se em micareta, com os blocos desfilando na Avenida Apolônio Sales e, posteriormente, dando espaço para o modelo de festival de música. Este, consolidado a cada edição com bandas de projeção nacional e os artistas da terra.
Celebrar mais uma edição desse grandioso evento é presente para o Esporte a Vela de Paulo Afonso – BA. No início a Copa Vela, em 1989, tinha como motivo principal, movimentar a Prainha, um local muito bonito, às margens do Rio São Francisco, que dava certo para a prática do esporte à vela.
LEGADO
Todo evento esportivo tem como objetivo principal deixar legado! O que é legado?
Um dos principais argumentos em prol da realização de megaeventos esportivos é que os mesmos geram desenvolvimento econômico, social, político e esportivo para as cidades sede. Nesse sentido, um modelo holístico de planejamento, desenvolvido pelo nosso veículo www.acaoeaventura.com.br, em que se olha para todos os stakeholders, ou seja, partes interessadas, envolvidas com o evento e se estabelece níveis de interação com eles, estará sendo implementado nessa edição de 2023 e nas próximas edições da Copa Vela.
A grande importância da preservação da memória de eventos dessas proporções é fundamental. Hoje é possível saber, por exemplo, como foi o importante papel de inúmeras pessoas que, incansávelmente , organizaram e/ou participaram nas edições da Copa Vela desde 1989, através de resgate dos registros feitos na época e que estamos trazendo, agora, através da nossa cobertura ativa. Assim, o legado e a memória estão intrinsicamente conectados.
Para iniciar a contar um pouco da construção do legado esportivo da Copa Vela, trazemos o trabalho que foi desenvolvido pelo velejador baiano Leonardo Lima Gonzaga(Foto Abaixo):
“Em 2001, passei no concurso para trabalhar como piloto de aeronaves da Chesf, no serviço de manutenção das linhas de transmissão de energia. O trabalho representava muitas horas na condição de sobreaviso para uma possível, mas muito frequente, situação de acionamento do serviço aéreo e portanto eu precisava organizar uma atividade para estas horas inativas e resolvi levar um lazer (pequeno barco a vela) para Paulo Afonso e nestes momentos eu iria velejar. Em uma destas velejadas fui observado pelo padre Felice, que me perguntou se eu poderia dar aulas de vela aos jovens da igreja. Respondi que o barco estava à disposição mas que eu não poderia assumir a responsabilidade de dar aulas regulares pois meu trabalho me impediria de estar disponível integralmente.
Leonardo Lima Gonzaga nas velejando de Dingue águas de Paulo Afonso em 2014
Felice e Marcos Nicoletti assumiram e começaram a nossa escolinha de vela, adotando a minha casa na Chácara Regina como sede da escola.
Sr. Assis, dono da chácara Regina, juntamente com seu filho Alexandre, abraçaram imediatamente o projeto e facilitaram todo o processo de estruturação das aulas. Solicitei ao Yacht Clube da Bahia uma doação de um Optimist para o início das atividades e fui atendido imediatamente por Alan, então Diretor de Vela do Clube. Providenciei o transporte em cima do meu carro.
Consegui também a doação de dois barcos a remo. Adquiri junto com os amigos em Paulo Afonso um Dingue, o qual batizamos de Velho Chico”, conta emocionado Leonardo.
” É com essa bela imagem que trazemos alguns velejadores que sairam desse belo trabalho: Simon, Felice e Bia. Estes dois alunos foram os primeiros Paulo Afoncinos a participar da Copa Vela, velejando. Bia no Optimist e Simon no laser. Alison foi outro aluno super dedicado que aprendeu rápido!Benilton é outro participante (professor) muito importante! , enfatizou Leonardo Gonzaga.
Em nome do nosso site www.acaoeaventura.com.br queremos parabenizar e agradecer ao Leonardo Lima Gonzaga , pelo belo e inesquecível trabalho em prol do desenvolvimento da vela em Paulo Afonso-BA.
Desejamos BONS VENTOS para todos os participantes da Copa Vela em 2023!
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